7.7.09
A Desorientação Socrática
O grau de desorientação do Governo socrático cresce continuamente.
Os dois últimos episódios amplamente comentados na Comunicação Social e na diversificada blogosfera : o aparte ordinário do Ministro Pinho, em plena Assembleia da República e a proibição das candidaturas simultâneas nas listas do Partido para as várias eleições em curso, são disso prova concludente, ainda que em si mesmos se afigurem pouco relevantes.
No primeiro, tratou-se de alijar um confirmado caso de incapacidade natural da pessoa para o cargo que lhe fora atribuído.
No segundo, apesar de correcto, ele peca por se revelar excessivamente tardio e por conseguinte ferido de completa falta de sinceridade. Lá ficaram os casos das suas estrepitosas militantes Ana Gomes e Elisa Ferreira, à margem da regra ora imposta.
Assim, no espaço de dias, tivemos mais dois casos de evidente desorientação política, a somar ao da trapalhada da pretendida intromissão na TVI, por interposta empresa sob controlo político do Governo, aos avanços e recuos das Pontes, das Auto-estradas, dos TGV, etc., etc.
O Verão promete, por isso, ser politicamente bastante quente, mesmo que não atinja as temperaturas do outro Verão, por antonomásia, o Verão quente, o de 1975, quando tudo parecia possível de acontecer no País, incluindo uma verdadeira Revolução bolchevique ou uma prosaica, mas certamente, devastadora Guerra Civil.
Valeu-nos, então, a intuição salvífica de Soares, agindo naquele transe com acerto e sentido de oportunidade, o que o fez pender para o lado democrático, arrastando consigo a maioria do País.
No primeiro, tratou-se de alijar um confirmado caso de incapacidade natural da pessoa para o cargo que lhe fora atribuído.
No segundo, apesar de correcto, ele peca por se revelar excessivamente tardio e por conseguinte ferido de completa falta de sinceridade. Lá ficaram os casos das suas estrepitosas militantes Ana Gomes e Elisa Ferreira, à margem da regra ora imposta.
Assim, no espaço de dias, tivemos mais dois casos de evidente desorientação política, a somar ao da trapalhada da pretendida intromissão na TVI, por interposta empresa sob controlo político do Governo, aos avanços e recuos das Pontes, das Auto-estradas, dos TGV, etc., etc.
O Verão promete, por isso, ser politicamente bastante quente, mesmo que não atinja as temperaturas do outro Verão, por antonomásia, o Verão quente, o de 1975, quando tudo parecia possível de acontecer no País, incluindo uma verdadeira Revolução bolchevique ou uma prosaica, mas certamente, devastadora Guerra Civil.
Valeu-nos, então, a intuição salvífica de Soares, agindo naquele transe com acerto e sentido de oportunidade, o que o fez pender para o lado democrático, arrastando consigo a maioria do País.
Comprovou-se também aqui, mais uma vez, o velho aforismo segundo o qual ninguém está impedido de dizer ou fazer coisas correctas, úteis ou acertadas.
Felizmente, as alternativas já não se configuram tão dramáticas. Contudo, as circunstâncias actuais contêm suficientes germes de conflitualidade para desencadear um agitado Verão de 2009.
Haja discernimento suficiente para perceber, de novo, onde se aloja o mal maior, pese toda a habilidosa manobra socrática, no campo da Comunicação Social, onde, de resto, ela conta com numerosos e eficientes sequazes.
AV_Lisboa, 06 de Julho de 2009
Felizmente, as alternativas já não se configuram tão dramáticas. Contudo, as circunstâncias actuais contêm suficientes germes de conflitualidade para desencadear um agitado Verão de 2009.
Haja discernimento suficiente para perceber, de novo, onde se aloja o mal maior, pese toda a habilidosa manobra socrática, no campo da Comunicação Social, onde, de resto, ela conta com numerosos e eficientes sequazes.
AV_Lisboa, 06 de Julho de 2009